Aprovação da nova "Lei da Habitação" deve ampliar o crédito para a compra de lotes. O negócio de loteamentos deve ganhar um reforço neste ano com a esperada aprovação do Projeto de Lei nº 3.057/00, que pretende desenvolver uma política nacional de habitação, com destaque na regularização fundiária e ampliação do crédito para compra de lotes pelo Sistema Financeiro de Habitação. Atualmente, as empresas que desenvolvem projetos de condomínios residenciais optam por financiar os clientes. Um exemplo é a AlphaVille Urbanismo, que parcela os lotes no prazo de 36 a 72 meses.
Segundo Nuno Lopes Alves, superintendente da AlphaVille Urbanismo,
com a aprovação da lei a expectativa é aumentar o alcance da classe
média aos loteamentos residenciais: "Hoje, não temos uma linha de
financiamento voltada para esse segmento e a nova lei deve modificar a
dinâmica do mercado".
A AlphaVille Urbanismo conta com as mudanças na lei para acelerar o crescimento. Neste ano, a empresa vai colocar no mercado 5 mil lotes, distribuídos em sete empreendimentos. Serão R$ 300 milhões em investimentos e um valor geral de vendas de R$ 422 milhões. "Isso numa perspectiva conservadora", diz Alves. "Dependendo do mercado, podemos lançar 11 projetos". O faturamento em relação a 2005 deverá crescer cerca de 15%.
Os empreendimentos confirmados serão em Recife (510 lotes) e Salvador (603 lotes), em fevereiro; Gravataí (1.220 lotes), na região metropolitana de Porto Alegre, e Campo Grande (406), em março; Manaus (650 lotes), em agosto; e Maceió (406 lotes), em setembro.
"Nosso objetivo é plantar a bandeira em todas as capitais", aponta Alves. Por isso, as cidades de João Pessoa e Teresina também são cotadas para receber condomínios. Somando todos os empreendimentos no Nordeste, entre lançamentos e projetos, a AlphaVille Urbanismo já investiu uma cifra superior a R$ 200 milhões.
O primeiro lançamento de 2006 será o AlphaVille Recife, que vai receber investimentos de R$ 30 milhões. Localizado numa área de 704 mil m², próxima à reserva natural do Círculo Militar, o projeto fica a apenas 20 minutos da Praia de Boa Viagem, na capital.
A novidade do ano, porém, será o Villas Alpha São José dos Campos (SP), primeiro projeto da empresa voltado para classe média. Segundo Alves, o empreendimento deve ser lançado no mês de agosto, "após a aprovação do PL 3.057, o que vai ampliar as possibilidades de acesso dos consumidores", comenta otimista o empresário.
Segundo o vice-presidente do Secovi e presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Lair Krahenbuhl, há motivos concretos para acreditar que o projeto de lei seja votado já nos primeiros meses do ano. "Para chegar num consenso estamos trabalhando com diversas organizações como o Ministério Público, Ministério das Cidades, CBIC, Associação das Empresas de Loteamento da Cidade de São Paulo, Secovi e Ministério do Meio Ambiente", diz.
A idéia, explica ele, é chegar a um texto final, com colaboração dessas entidades, sobre a regularização fundiária. "Queremos encaminhar o parecer conclusivo diretamente para o senado", ressalta.
De acordo com Krahenbuhl, um dos pontos de principal demanda do mercado é a possibilidade da utilização de recursos da poupança, pelo Sistema Financeiro de Habitação, para a aquisição de lotes: "A lei vigente privilegia apenas os financiamentos para moradia".
Vale destacar que a CEF (Caixa Econômica Federal) financia a compra de lotes, mas com valores fora da realidade brasileira. "São liberados créditos de R$ 15 mil quando um lote não sai por menos de R$ 25 mil", ressalta. "Esse valor não atende a classe média e nem a baixa, muito menos os empreendimentos de alto padrão nos arredores de grandes cidades", afirma Krahenbuhl.
A expectativa é que, com a aprovação do PL 3.057, o Ministério das Cidades reveja a política atual de liberação de crédito. "A medida deve estimular outros agentes financeiros a criar linhas de financiamento que privilegiem o segmento", ressalta.
Villas Alpha
O novo formato de empreendimento da AlphaVille Urbanismo contará com 1.296 terrenos, dirigidos para famílias com renda a partir de 15 salários-mínimos por mês. Como comparação, os tradicionais conjuntos residenciais da empresa visam um público que tem renda familiar de cerca de 40 salários-mínimos.
Inicialmente, o loteamento foi previsto para a cidade gaúcha de Gravataí. Pesquisas mostraram, porém, a possibilidade do lançamento de um projeto convencional na região, com o nome provisório de Itacolomi. "A cidade de São José dos Campos foi escolhida por ter um público de classe média muito forte devido à presença de grandes empresas como Embraer e Petrobras", diz Alves.
Ele estima que o empreendimento será comercializado por aproximadamente R$ 200 o m, para lotes de 250 m. No formato tradicional, os terrenos têm, em média, 450 m.
Mercado
A AlphaVille quer manter os recordes de vendas que apresentou em 2005, quando lançou cinco empreendimentos. Conforme Alves, o AlphaVille Natal, lançado em fevereiro com 913 lotes, foi vendido em apenas 16 horas.
Já o AlphaVille Manaus, que marcou a entrada da marca na Região Norte, seria lançado em 24 de agosto, com 680 lotes. Mas a empresa comercializou tudo antes daquela data. Em Natal, os lotes foram vendidos por R$ 210 o m e em Manaus, por R$ 220. Segundo Alves, são valores elevados naquelas praças, o que mostra a procura por este tipo de projeto.
O sucesso em Natal e Manaus não surpreende Alves porque a. empresa coleciona resultados positivos de vendas desde o início de sua expansão, em 1997, com o AlphaVille Campinas. Foi o primeiro de uma série que hoje totaliza 46 condomínios, já lançados e em projeto, em 33 cidades de 17 estados brasileiros, além de dois em Portugal.
"Existe muito potencial no mercado brasileiro e fora dele", comenta Alves. Prova disso é que uma das metas da empresa é trabalhar com estrangeiros interessados em comprar casas no Nordeste. No momento, os projetos ainda se esgotam no mercado local. "Mas sabemos de muita revenda para europeus interessados em ter uma segunda casa no Brasil".
Para isso, a AlphaVille entrará também no segmento de segunda e terceira residência, junto a hotéis e resorts. Em junho será lançado um conjunto residencial em Gramado (RS). A empresa prevê ainda um empreendimento em Jenipabu, no litoral norte da Bahia.
A AlphaVille Urbanismo conta com as mudanças na lei para acelerar o crescimento. Neste ano, a empresa vai colocar no mercado 5 mil lotes, distribuídos em sete empreendimentos. Serão R$ 300 milhões em investimentos e um valor geral de vendas de R$ 422 milhões. "Isso numa perspectiva conservadora", diz Alves. "Dependendo do mercado, podemos lançar 11 projetos". O faturamento em relação a 2005 deverá crescer cerca de 15%.
Os empreendimentos confirmados serão em Recife (510 lotes) e Salvador (603 lotes), em fevereiro; Gravataí (1.220 lotes), na região metropolitana de Porto Alegre, e Campo Grande (406), em março; Manaus (650 lotes), em agosto; e Maceió (406 lotes), em setembro.
"Nosso objetivo é plantar a bandeira em todas as capitais", aponta Alves. Por isso, as cidades de João Pessoa e Teresina também são cotadas para receber condomínios. Somando todos os empreendimentos no Nordeste, entre lançamentos e projetos, a AlphaVille Urbanismo já investiu uma cifra superior a R$ 200 milhões.
O primeiro lançamento de 2006 será o AlphaVille Recife, que vai receber investimentos de R$ 30 milhões. Localizado numa área de 704 mil m², próxima à reserva natural do Círculo Militar, o projeto fica a apenas 20 minutos da Praia de Boa Viagem, na capital.
A novidade do ano, porém, será o Villas Alpha São José dos Campos (SP), primeiro projeto da empresa voltado para classe média. Segundo Alves, o empreendimento deve ser lançado no mês de agosto, "após a aprovação do PL 3.057, o que vai ampliar as possibilidades de acesso dos consumidores", comenta otimista o empresário.
Segundo o vice-presidente do Secovi e presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Lair Krahenbuhl, há motivos concretos para acreditar que o projeto de lei seja votado já nos primeiros meses do ano. "Para chegar num consenso estamos trabalhando com diversas organizações como o Ministério Público, Ministério das Cidades, CBIC, Associação das Empresas de Loteamento da Cidade de São Paulo, Secovi e Ministério do Meio Ambiente", diz.
A idéia, explica ele, é chegar a um texto final, com colaboração dessas entidades, sobre a regularização fundiária. "Queremos encaminhar o parecer conclusivo diretamente para o senado", ressalta.
De acordo com Krahenbuhl, um dos pontos de principal demanda do mercado é a possibilidade da utilização de recursos da poupança, pelo Sistema Financeiro de Habitação, para a aquisição de lotes: "A lei vigente privilegia apenas os financiamentos para moradia".
Vale destacar que a CEF (Caixa Econômica Federal) financia a compra de lotes, mas com valores fora da realidade brasileira. "São liberados créditos de R$ 15 mil quando um lote não sai por menos de R$ 25 mil", ressalta. "Esse valor não atende a classe média e nem a baixa, muito menos os empreendimentos de alto padrão nos arredores de grandes cidades", afirma Krahenbuhl.
A expectativa é que, com a aprovação do PL 3.057, o Ministério das Cidades reveja a política atual de liberação de crédito. "A medida deve estimular outros agentes financeiros a criar linhas de financiamento que privilegiem o segmento", ressalta.
Villas Alpha
O novo formato de empreendimento da AlphaVille Urbanismo contará com 1.296 terrenos, dirigidos para famílias com renda a partir de 15 salários-mínimos por mês. Como comparação, os tradicionais conjuntos residenciais da empresa visam um público que tem renda familiar de cerca de 40 salários-mínimos.
Inicialmente, o loteamento foi previsto para a cidade gaúcha de Gravataí. Pesquisas mostraram, porém, a possibilidade do lançamento de um projeto convencional na região, com o nome provisório de Itacolomi. "A cidade de São José dos Campos foi escolhida por ter um público de classe média muito forte devido à presença de grandes empresas como Embraer e Petrobras", diz Alves.
Ele estima que o empreendimento será comercializado por aproximadamente R$ 200 o m, para lotes de 250 m. No formato tradicional, os terrenos têm, em média, 450 m.
Mercado
A AlphaVille quer manter os recordes de vendas que apresentou em 2005, quando lançou cinco empreendimentos. Conforme Alves, o AlphaVille Natal, lançado em fevereiro com 913 lotes, foi vendido em apenas 16 horas.
Já o AlphaVille Manaus, que marcou a entrada da marca na Região Norte, seria lançado em 24 de agosto, com 680 lotes. Mas a empresa comercializou tudo antes daquela data. Em Natal, os lotes foram vendidos por R$ 210 o m e em Manaus, por R$ 220. Segundo Alves, são valores elevados naquelas praças, o que mostra a procura por este tipo de projeto.
O sucesso em Natal e Manaus não surpreende Alves porque a. empresa coleciona resultados positivos de vendas desde o início de sua expansão, em 1997, com o AlphaVille Campinas. Foi o primeiro de uma série que hoje totaliza 46 condomínios, já lançados e em projeto, em 33 cidades de 17 estados brasileiros, além de dois em Portugal.
"Existe muito potencial no mercado brasileiro e fora dele", comenta Alves. Prova disso é que uma das metas da empresa é trabalhar com estrangeiros interessados em comprar casas no Nordeste. No momento, os projetos ainda se esgotam no mercado local. "Mas sabemos de muita revenda para europeus interessados em ter uma segunda casa no Brasil".
Para isso, a AlphaVille entrará também no segmento de segunda e terceira residência, junto a hotéis e resorts. Em junho será lançado um conjunto residencial em Gramado (RS). A empresa prevê ainda um empreendimento em Jenipabu, no litoral norte da Bahia.
Fonte: Gazeta Mercantil