Com investimentos de R$ 100 milhões (25 milhões de euros), o Grupo Vila Galé vai instalar o primeiro empreendimento do grupo no Rio Grande do Norte: o Vila Galé Touros, no Litoral Norte, a 90 quilômetros de Natal. A implantação simbólica da pedra fundamental, prevista para o dia 28 de dezembro, dá início as atividades com previsão de obras a partir de fevereiro de 2017, duração de 18 meses, e inauguração em setembro de 2018. O empreendimento faz parte do plano de expansão do grupo hoteleiro português com a construção de resorts, segmento ainda pouco explorado no Brasil. Alex Régis.

O grupo chegou a anunciar o lançamento em julho do ano passado com previsão de inauguração no final de 2017, a tempo da alta temporada, mas aguardava as licenças ambientais.

Vila Galé Touros
“A expectativa é boa. Por acreditarmos no Brasil, na retomada da economia e no Rio Grande do Norte vamos lançar o primeiro resort do estado trazendo grandes oportunidades. Nós esperamos abrir uma nova fase do turismo potiguar”, frisa José Antônio Bastos, diretor de operações Brasil do Grupo Vila Galé.

Construído numa área de 100 mil metros quadrados no município de Touros, de frente para a praia, o resort será o maior empreendimento de hotelaria do Estado e deve atrair turistas do Brasil e internacionais para o Rio Grande do Norte. “Esperamos ser um pontapé para outros investimentos deste porte aqui no RN”, afirma Bastos.

A estrutura terá 460 quartos, três restaurantes, spa, um clube para crianças, um centro de convenções com 1.750 metros quadrados, um centro náutico, um campo de futebol “society”, um campo multiusos, um campo de tênis e ainda três piscinas exteriores, tendo uma delas toboágua para crianças.

O diretor no Brasil disse que a morosidade na concessão das licenças para a construção não é um entrave aos investimentos no Estado e que as obras estão dentro do cronograma. Segundo ele, não há um motivo específico para a nova data a não ser “o tempo de tramitação normal do licenciamento no Brasil”.

“Não é uma dificuldade a obtenção das licenças, claro que preferíamos que fosse mais ágil, mas não compromete. Não é uma situação exclusiva do Rio Grande do Norte, acontece em todo o Brasil e nós estamos adequados a este tempo de tramitação”, afirma. O grupo tem hoteis nos estados do Ceará, Bahia e Rio de Janeiro.

Empreendimento é o sexto do grupo no Nordeste

O resort Vila Galé Touros será a sexta unidade do grupo português no Nordeste e o oitavo no Brasil. Será também o primeiro grande empreendimento imobiliário no litoral potiguar desde a crise financeira de 2008 nos Estados Unidos, que culminou com a retirada de diversos investimentos estrangeiros em projetos no Estado.

O diretor de operações Brasil do Grupo Vila Galé, José Antônio Bastos, preferiu não comentar se há previsão de novos projetos e investimentos para o Rio Grande do Norte, tampouco sobre os projetos que chegaram a ser lançados no Estado, em 2010, com a construção de empreendimentos, turísticos, apartamentos, campos de futebol, de golfe. “Não estava aqui à época, não tenho como comentar. Só posso falar de investimentos concretos, o Vila Galé Touros”, afirma.

No primeiro semestre, o grupo hoteleiro português anunciou o investimento R$ 15 milhões para a ampliação e modernização dessas unidades existentes. No país, a rede possui três hotéis em capitais brasileiras (Rio de Janeiro, Fortaleza e Salvador) e quatro resorts all inclusive nas cidades de Angra dos Reis (RJ), Camaçari (BA), Cabo de Santo Agostinho (PE) e Caucaia (CE) que oferecem um total de 5 mil leitos.

A estimativa é gerar 2 mil empregos, entre diretos e indiretos, a partir do início das obras e, quando estiver funcionando, no segundo semestre de 2018, gerar cerca de 400 a 450 postos de trabalho com captação de pessoal em Touros, Rio do Fogo e Carnaubinhas.

A instalação do empreendimento é visto como um incentivo para o reaquecimento do mercado da construção civil com a retomada das contratações, além de movimentar a região com a prestação de serviços de suporte à instalação do empreendimento.

“É um novo ânimo para o setor da construção, de materiais, além de restaurantes, empresas de fornecimento de alimentos, toda uma cadeia que vai girar em torno da construção do hotel”, afirma.

O recrutamento de pessoal, por sua vez, explica o empresário, fica a cargo das construtoras encarregadas pela obra. “Não tenho informações se já iniciaram ou se ficará mais para 2017”, afirma. Até entrar em operação, o diretor do Vila Galé espera que as prefeituras e o Governo invistam na qualificação de mão de obra. “É uma dificuldade que não é nova, a contratação de pessoal qualificado. Haverá a abertura dos empregos diretos, mas é preciso que estejam habilitados. Há um esforço do Governo, Prefeituras em parceria com Senac para isso”, afirma Bastos.

Fonte: Tribuna do Norte


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